CLASSIFICAÇÃO E FILOGENIA DOS
ARTRÓPODES
Um grupo tão numeroso e diversificado, tanto
em espécies atuais
como extintas,
como os artrópodes teria de ser necessariamente difícil de classificar,
assim como de definir as suas relações filogenéticas.
As relações internas de Arthropoda também são
controversas. Parece haver consenso de que os animais possuidores de mandíbulas
formem um grupo monofilético, os Mandibulata. No entanto, as relações dentro de
Mandibulata ainda não estão muito claras, havendo duas hipóteses alternativas:
- Atelocerata: (Crustacea, (Myriapoda, Hexapoda)) - Pancrustacea: (Myriapoda,
(Crustacea, Hexapoda)). Por esta razão, se adotou aqui a classificação em cinco
subfilos, que é a mais aceita.
A subdivisão dos artrópodes em grupos que
possam igualmente ser considerados clados é também contenciosa. Alguns
autores consideram que os Hexapoda e
os Myriapoda formam o
clado Uniramia, comapêndices não
divididos e que seria um "clado-irmão" dos crustáceos, mas a filogenia
destes grupos ainda não está bem estabelecida, pelo que se adotou aqui a
classificação em cinco subfilos, que é a mais aceita.
São chamados de artrópodes
todos os animais invertebrados que possuem o corpo com partes articuladas, como
as patas ou pernas. Esse filo de animais é o mais diversificado do planeta, com
mais de um milhão de
espécies conhecidas.
Os artrópodes apresentam um
esqueleto externo chamado de exoesqueleto, que é constituído por um
carboidrato chamado de quitina. O exoesqueleto é muito duro
e resistente e protege o corpo do animal como uma armadura. Emartrópodes
terrestres o exoesqueleto é coberto por uma cera impermeável que
impede a desidratação, ou seja, a perda de água para o ambiente.
Por possuírem o corpo revestido
pelo exoesqueleto, os artrópodes não crescem continuamente e,
dessa forma, precisam trocá-lo algumas vezes para que consigam crescer. A
troca do exoesqueleto se chama muda ou ecdise e
pode ocorrer diversas vezes ao longo da vida do animal.
ARTROPODES AQUATICOS
Estima-se que existam cerca de dois milhões
de espécies de organismos já descritos de todos os habitats. Organismos que
habitam o ambiente terrestre têm sido amostrados em maior quantidade do que os
aquáticos. Entretanto, os mares são muito mais ricos em níveis taxonômicos .
Dentre os diversos grupos de organismos que vivem no ambiente marinho
destacam-se os artrópodes.
Os artrópodes constituem cerca de 80%
de todas as espécies de animais conhecidos. A enorme capacidade adaptativa
desde grupo, fez com que estes conseguissem habitar em praticamente todos os
ambientes, dentre eles o marinho.
Os Trilobitomorpha foram artrópodes marinhos
de grande abundância no paleozóico, hoje já extintos. Eles ocuparam uma
diversidade muito grande de habitats, desde recifes até oceanos profundos,
bentônicos ou livre-natantes. Possuíam diversos hábitos alimentares, com
indivíduos herbívoros, filtradores, necrófagos e até predadores . A
diversidade gigantesca desse grupo pode ser bem exemplificada em uma espécie
chamada Agnostus pisiformis. Neste o escudo cefálico e o pigídio eram
utilizados de forma parecida a das valvas de um ostrácode. Além do mais,
levando em conta os hábitos alimentares, já foi levantado que este poderia
atuar como parasita .
Os Hexapoda por sua vez
compreendem, de longe, o grupo com maior
número de espécies. Entretanto, somente
alguns poucos
representantes são marinhos, sendo que 20
ordens têm
representantes marinhos. Existem
representantes dos Coleoptera,
em mar aberto são os do gênero Halobates, embora eles
vivam na
interface ar-mar. Esses insetos são
conhecidos por se deslocarem
por sobre a água. Das 46 espécies
pertencentes a esse gênero
somente 5 são oceânicas, ou seja, vivem em
mar aberto, as demais
vivem em proximidade ao litoral. Os demais
insetos marinhos são
conhecidos assim por ter pelo menos um dos
estágios de seu
desenvolvimento em ambiente marinho. Pode-se
pegar, como exemplo,
ninfas de alguns gêneros de Odonata, popularmente
conhecidas como
(gafonhotos) e algumas poucas espécies
de Hymenoptera, formigas.
O subfilo Chelicerata constitui
um grupo que inclui as aranhas, escorpiões, ácaros, carrapatos,
opiliões(Classe Arachnida),
e ainda outras duas pequenas classes (Merostomata e Pycnogonida). Dentro da
classe Arachnida,
existe a ordem Acari,
representado pelos ácaros. Estes apesar de viverem predominantemente em
ambientes terrestres ocuparam com sucesso os ambientes aquáticos. Contudo, a
classeMerostomata e Pycnogonida são mais
representativos no ambiente marinho.
CARACTERISTICAS APRESENTADAS
São características a presença de peças bucais:
(mandíbulas,maxilas,quelíceras,pedipalpos) que estão
adaptadas para mastigação,sucção.Respiração feita através de traqueias
ou filotraqueias,sistema nervoso ganglionar. Os órgãos dos sentidos são
bastante especializados: Antenas que são quimiorreceptoras, olhos que
podem ser simples ou compostos, alguns possuem órgãos gustativos e
auditivos. Estes animais são encontrados, em sua maioria, na camada mais
externa do solo, conhecida como serapilheira ou liteira (espécies
edáficas). As espécies que habitam os espaços dos horizontes minerais
abaixo da camada de serapilheira são conhecidas como euedáficas.
REPRODUÇÃO DOS ARTROPODES
Reprodução Na maioria dos artrópodes, o sexo são
separados e a fecundação é interna, isto é, o macho lança os gametas masculinos
dentro do corpo da fêmea. O desenvolvimento pode ser direto: os filhotes já
nascem semelhantes aos pais, como é o caso de muitos aracnídeos, e portanto
esses animais não passam por metamorfose. No desenvolvimento indireto, como
ocorre com grande parte dos insetos, o animal que sai do ovo passa por uma
metamorfose antes de atingir a vida adulta. A metamorfose pode ser completa ou
incompleta. Na metamorfose completa, o animal passa pelas fases de larva, pupa
e adulto - isso ocorre por exemplo nas borboletas e moscas. Na metamorfose
incompleta, não há a fase de larva ou a de pupa - é o que ocorre por exemplo
com as baratas e os gafanhotos.